LENDA DE MONTE ALEGRE: " A CURVA ASSOMBRADA"




LENDA:  A CURVA ASSOMBRADA

 

Na comunidade Limão, zona rural de Monte Alegre - Pa, tem uma vicinal assombrada.

Na estrada tem uma curva é um lugar rodeado da palmeira babaçu. Todos os que passam pelo lugar ficam impressionados com um fato novo e diferente que acontece.

• O foco da lanterna – À noite, quem anda pela estrada seguindo a direção da curva, logo enxerga um foco de uma lanterna como se alguém a segurasse, e o foco some na escuridão. Quando alguém chama para saber quem está levando a lanterna ninguém responde, mas na manhã seguinte são inúmeras pegadas de pés descalços que aparecem na areia.

• O choro do bebê - Quem passa pela curva, sempre escuta em tom baixo choro de bebê, quando a pessoa não dá confiança, o choro vai ficando mais forte, mais alto, logo quem passa volta para ver onde está ou se existe mesmo o bebê chorando.

Para a surpresa, não existe nada dentro do mato, quando a pessoa se afasta ele começa a chorar novamente.

• Pessoa parecida – Ao dobrar a curva de repente as pessoas enxergam alguém da família ou amigos que não veem há muito tempo, quando chamam pelo nome da pessoa ela não olha para trás e anda cada vez mais rápido, quem tentar acompanhar não consegue e a misura some no rumo dos babaçuzeiros.

• A manada– Os alunos caminhavam rumo à escola quando de repente, escutaram pisadas de um imenso rebanho de gado, o mato próximo mexia-se como estivesse baixando um helicóptero, as árvores balançavam como que estivesse iniciando um fortíssimo temporal.

Como a estrada é única, com muita pressa os alunos correram e se penduraram nos galhos das árvores, para que o rebanho devastador passasse. De perto o grito berrante de um vaqueiro ecoou, os bois mungiram cada vez mais perto, o som dos berros e as batidas das patas no chão da estrada davam a impressão de que eram mais de mil cabeças de gado.

 

Os alunos ficaram no topo de árvores, por aproximadamente quatro horas, e na pressa em subir nos galhos, ficaram sujos e arranhados entre os galhos, fora os espinhos de outras árvores que ficaram espetados em algumas partes do corpo das crianças.

O tempo passou, o susto continuou os galhos onde as crianças estavam tremia com o choque da manada.

Para a surpresa das crianças, o grito do vaqueiro sumiu e o ambiente se transformou em um lugar calmo como se nada houvesse acontecido ou o gado estivesse parado, não se ouvia nem mesmo o berro de um bezerro.

As crianças desceram, e devagar um atrás do outro foram olhar na curva. O mato estava remexido, galhos de plantas e árvores estavam puxados, o chão da estrada estava esburacado, mais por ali naquela tarde, a beira da estrada onde os garotos estavam na árvore não passou nada que pudesse ser visto a olho nu.

 

(Lenda produzida a partir das narrações da Pinta cuia Leide Matias)

Flavio Monteles - 2008

Um comentário:

Unknown disse...

ASSOMBROSO!!!!!!!