LENDA XIMANGA: " VELHA PORCA VELHA"




LENDA ALENQUERENSE: A VELHA PORCA VELHA

 

Em certa parte da vasta Amazônia, existe a velha porca velha. Mulher que se transforma em porca e sai aterrorizando os habitantes das áreas rurais.

A mulher tem a mania de se gerar as quintas-feiras.

Muita gente já escutou a “porcona” como chamam, fuçando no terreiro, correndo atrás de gente na estrada.

Quando se aproxima a lua cheia, muitos populares se preparam para alcançar a porcona.

Fazem armadilhas, se armam com terçados e cacetes, mais onde eles estão a porca não passa, dizem que ela sente cheiro do perigo, por isso sabe onde pisar.

Dizem que a porca velha é uma mulher barbada, que mora há muito tempo na Amazônia.

O mistério da barba faz populares terem quase que a certeza de que é ela.

Quem a conhece tem medo de pensar que a velha senhora de barba, vira mesmo porca, pois quando gente é uma pessoa tão bondosa, e a porca gerada é destruidora, arrebenta cerca, come milho das plantações, remexe a roça, assusta e corre atrás das pessoas.

Outro dia, todos os moradores escondidos e as barbas da pobre senhora esconderam-se e esperaram a porcona aparecer.

A noite se passou e apareceu uma enorme porca, e como não sabiam se realmente era a fera suína jogaram um laço corda, enrolaram uma rede de malha em cima do animal

Dormiram e deixaram a grande suína amarrada, para que quando o dia amanhecesse pudessem ver que realmente a pessoa que se gerava.

Para a bicha parar de fuçar e rolar no terreiro um dos homens que amarraram o animal deu-lhe uma forte cacetada nas costelas.

Pela manhã e para a surpresa de todos, só restavam às cordas e as redes furada, a velha porca havia estraçalhado nos dentes tudo o que lhe prendia.

Marcas de pegada de porca não existiam, quem varreu o terreiro? Para onde foi? Só pode ter criado assas e sumiu.

As más línguas falam, que neste dia também, a senhora da qual todo desconfiavam, não podia andar por estar com um enorme baque nas costas.

A pobre senhora, que morava sozinha em uma casa longe de vizinhos, se reclamava que havia caído da rede.

Outros afirmam que quando chegam à casa da senhora solitária, e ela oferece café, podem olhar que no fundo do copo não podem enxergar a face refletida no líquido preto, mas veem a imagem de uma porcona gorda.

Os moradores da região sempre aconselham:

_ “Quando te oferecerem café por aí, hum! Olha no fundo da xícara, se você não se enxergar pode ter a certeza, tem feitiço!”

Por isso, quando a mulher se descuida os visitantes mais que depressa jogam o café pela janela, pois dizem se tomarem o café pode contar que o feitiço passa!

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