PERSONALIDADES
TIPICAS QUE JÁ FIZERAM NOSSA FESTA (SANTO ANTONIO DE ALENQUER - PA)
* Homem baixo, franzino, branco, olhos claros. Dia de
procissão era o primeiro a chegar, seja qualquer lugar da cidade ele estava lá,
festa de Santo Antônio, São Benedito, São Cristóvão e tantas outras.
Lembro dele todo vestido de branco, com sua fita
vermelha no pescoço, representando o Grupo Apostolado da Oração, vinha à frente
da procissão, com a cruz e aquela voz sem ritmo entoava sempre um conhecido
canto católico. Fazia questão de estar lá sempre, batendo sino, cantando na
igreja ou brigando com a melecada que a todo lugar estavam lhe enchendo a
paciência. O nome legítimo dele eu não sei como é, mais podia ir a qualquer
festa religiosa, que logo se via o popular JÂNIO
ou JANE.
*DONA
BENEDITA: uma humilde velinha que
todas as manhãs quando estava saudável, visitava a igreja de Santo Antonio.
Mora no bairro da Luanda, bem no inicio da Travessa Tiago Serrão.
Todas as manhãs ela passava com seu terço na mão e seu
vidro com água benta na sacola. Por muitos anos, aquela senhora de porte baixo,
de rosto bem enrugado, caminhava do bairro da Luanda a igreja do padroeiro para
fazer sua penitencia matinal: varria, espanava, floria a nossa igreja matriz,
um exemplo máximo de fé católica.
*MARIA
DOLORES CASTRO, representante
árdua do grupo católico Apostolado da Oração, sempre estava com pontualidade
aos encontros religiosos, senhora morena, sorridente, foi fiel devota do
padroeiro ximango e tinha muita fé, e cumpria sempre suas promessas. Foi ela
quem programou uma grande festa feita em procissão da igreja matriz até o
bairro da Liberdade, quando a mesma doou a imagem de São Pedro aos devotos
daquela comunidade.
*Seu jeito observador, de voz mansa, sempre sonhava
com uma festividade do padroeiro bem animada, na época morava próximo ao canto
da praça, seguindo a feira municipal do peixe, uma senhora de porte magrinho,
sempre recebia a todos com boa simpatia e aos sábados e procissões sempre
estava participando. Ela sempre sabia o roteiro das procissões podia perguntar:
- DONA ANITA BARBOSA por onde
vai seguir a procissão? Ela sabia direitinho.
* Dona Sancha, era como conhecíamos a Senhora SANCHA FRANCISCA BATISTA, muito
devota do padroeiro, durante as festividades estava lá, com sua farda da guarda
do padroeiro, sempre alegre e simpática, gostava de estar cantando o responso
de Santo Antônio, aos sábados a tarde podia procurar que estava na igreja
contribuindo com a ornamentação da matriz do padroeiro, acompanhada de sua
prima BELAÍDE CASTRO E DONA TEREZINHA
BATISTA. Mesmo quando não estava com disposição e saúde para assistir as
celebrações, sentava-se em um banco e junta com sua amiga MAURILA SENA, escutavam as celebrações pelo rádio, durante os hinos
da liturgia ela cantava junto em voz alta.
*JOÃO
MAGALHÃES JUNIOR, sempre
sorridente era conhecido pelos jovens do centro como maestro, durante os
ensaios de cânticos do coral adorava ficar à frente regendo e foi um inovador
da festividade. Foi dirigente da comunidade e da festa por várias vezes, foi
quem inventou a famosa peregrinação de Santo Antônio, aquela caminhada pelas
comunidades vizinhas que é feita antes do círio do padroeiro. Seu João como era
conhecido, com audácia e alegria mudou até o ritmo do Responso do Padroeiro,
foi um sucesso e todo mundo sempre aprovava suas ideias que eram sempre alegres
e expostas com humildade. Quando entrava na igreja tomava bênção do seu
padrinho que era o próprio santo Antônio.
* Um verdadeiro missionário, conhecido e respeitado
por todos, adorava aconselhar, aos jovens sempre ele falava algo, sobre a vida,
o ser humano e o mundo, seus pensamentos eram expostos e sempre respeitados,
muito contribuiu com a revista programa das festividades e ainda serviu por
muitos anos como Ministro da Eucaristia, assim ficam guardadas as lembranças de
RIVAIL FIGUEIREDO e sua
esposa ANA MARIA BATISTA, que
muito católica era uma sonhadora de uma igreja sempre bem enfeitada para fazer
uma bonita festa do padroeiro.